Ministro anuncia liberação de
recursos para a agricultura

O ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues, anunciou na quarta-feira (02/03), durante a reunião em Rio Verde (GO), as primeiras medidas do governo de apoio à agricultura em 2005, envolvendo novos recursos para a comercialização da safra e a prorrogação de dívidas dos produtores rurais.

Dívidas de Custeio - As prestações vencidas e a vencer até março de 2005, de operações de custeio de trigo, poderão ser prorrogadas e o pagamento será distribuído em três prestações para os meses de junho, julho e agosto deste ano, mas esta decisão depende de voto do Conselho Monetário Nacional (CMN).

Ministro da Agricultura, Roberto Rodrigues

   Foram prorrogadas também por 30 dias as parcelas de custeio de algodão com vencimento até fevereiro deste ano e ampliado em 30 dias o prazo para pagamento das prestações a vencer a partir de março de 2005.

Dívidas de Investimento - Os financiamentos de investimentos cuja atividade principal seja algodão, arroz, milho, trigo ou soja terão prorrogadas as parcelas vencidas e vincendas em 2005 das operações com recursos do BNDES. A prorrogação será analisada individualmente, caso a caso e de acordo com a capacidade de pagamento de cada produtor.

Custeio das Safras de Inverno - Para o custeio da safra de inverno, serão liberados R$ 1,28 bilhão divididos em R$ 550 milhões para milho-safrinha e sorgo, e R$ 730 para trigo e demais cereais. Deste total, o Banco do Brasil colocará em março R$ 800 milhões à disposição dos produtores. O limite de financiamento estabelecido por produtor para a safra 2005 é de R$ 200 mil para o trigo de sequeiro e de R$ 400 mil para o trigo irrigado.

Comercialização e estocagem - Também foi anunciada pelo ministro a liberação imediata de R$ 3 bilhões para apoiar a comercialização e financiar a estocagem de algodão, arroz, milho, soja e trigo. A composição deste montante será da seguinte forma: R$ 1 bilhão da poupança rural do Banco do Brasil em empréstimos a juros controlados (8,75% a.a.); R$ 1,1 bilhão em linhas de crédito a juros livres; R$ 400 milhões dos bancos privados através da exigibilidade bancária para empréstimos a juros de 8,75% a.a. e R$ 500 milhões de recursos do FAT-Integrar a juros controlados destinados especificamente para o Centro-Oeste.