Agricultura brasileira |
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Pelo
bom e pelo ruim, produtores Eles vieram curiosos para conhecer as megafazendas do cerrado, na região Centro-Oeste, mas não deixaram também de visitar propriedades no Paraná, de onde saem 25% da safra brasileira de grãos |
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Grupo americano visita campo experimental da Fundação ABC, em Ponta Grossa. A fundação dá amparo tecnológico aos produtores rurais filiados às cooperativas Capal (Arapoti), Batavo e Castrolanda, que formam o Grupo ABC |
Um grupo de 40 produtores americanos dos estados de Iowa, Indiana e Ohio embarcou na semana passada de volta para os EUA depois de quase 15 dias no Brasil. Eles vieram curiosos para conhecer as megafazendas do cerrado, na região Centro-Oeste, mas não deixaram também de visitar propriedades no Paraná, de onde saem 25% da safra brasileira de grãos. De avião e de ônibus, os americanos percorreram mais de sete mil quilômetros de terras brasileiras, e no roteiro incluíram fazendas, agroindústrias, cooperativas e corporações multinacionais do agronegócio. Puderam constatar as virtudes e os pontos fracos de nossa agricultura. |
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O casal Leon e Shirley Kessel, de Iowa. Ele não imaginava encontrar rodovias tão ruins no Brasil |
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Brad Peterburg, que também comprou terras em Roraima, atraído pelos preços baixos |
OGM’s - Os agricultores americanos disseram que |
a tecnologia transgênica continua a ser vantajosa e é utilizada em 80% a 90% dos campos de soja. "O importante é deixar que o mercado tome as decisões e não os políticos", disse Mike Pullins, ciente da polêmica em torno do tema no Brasil. Mike desmentiu que a resistência das ervas daninhas ao Round-Up Ready esteja obrigando os produtores a lançar mais herbicida no solo do que pelo sistema convencional. "Nós evitamos o problema da resistência fazendo rotação de culturas e utilizando outro tipo de herbicida para o milho", afirmou. Se nos primeiros anos da tecnologia a soja transgênica resultava em produtividade um pouco menor do que a convencional, agora, segundo Pullins, as novas |
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Mike Pullins, diretor do Ohio Farm Bureau |
variedades possibilitam recordes de produtividade. "Neste ano tive a melhor safra da história e colhi 65 bushels/acre para a soja (4.368 kg/ha) e 200 bushels/acre para o milho (12.540 kg/ha)", afirmou. A viagem dos agricultores americanos ao Brasil começou por São Paulo e teve primeira parada técnica em Rondonópolis (no coração da região agrícola do cerrado, em Mato Grosso). Lá eles foram recebidos pelo grupo agropecuário Maggi, visitaram um terminal da ADM e três megafazendas de grãos, algodão e café. No Paraná visitaram cooperativas e propriedades de grãos, gado de corte e de leite na região dos Campos Gerais e em Guarapuava. Antes de voltar aos EUA, a comitiva conheceu as cataratas do Iguaçu e passou ainda por fazendas de cana-de-açúcar, de suinocultura e vinícolas em São Paulo. Segundo o diretor da empresa brasileira que organizou o roteiro da visita, outros grupos de americanos estão a caminho. Mas não |
só americanos. Robison Scorsolini disse que, neste ano, somente a empresa dele (Diniscor) já tem agendada a visita de cinco grupos de dinamarqueses, interessados na suinocultura brasileira, e dois da Austrália, que querem conhecer nossa produção de gado de corte. |
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Boletim Informativo nº 853,
semana de 28 de fevereiro a 6 de março de 2005 |
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