FAEP
pede ações urgentes para |
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Os baixos preços cotados em alguns ítens importantes da agricultura paranaense, como a soja, o milho, e o trigo, mais os aumentos dos custos de produção da safra de verão, estão fazendo com que o país enfrente uma grave e perigosa crise. Com essa situação os produtores não conseguirão quitar os financiamentos de investimento devido ao resultado negativo previsto para a próxima comercialização da safra. Para encontrar uma solução emergencial para a crise, o presidente da Federação da Agricultura do |
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Paraná (FAEP), Ágide Meneguette (foto), enviou nesta sexta-feira (18) um ofício ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva com propostas para amenizar a situação dos agricultores. No ofício, Meneguette aponta como exemplo o que vem ocorrendo com os produtores de trigo, cujos preços estão 20% abaixo do preço mínimo de R$ 24,00 a saca e mesmo assim sem mercado, dada a preferência dos moinhos pelo produto importado, principalmente da Argentina. "A cotação da soja no interior do Paraná é de R$ 26,00 a saca, com tendência de queda, e o milho está sendo comercializado a R$ 14,00 a saca", lembra Ágide Meneguette. Ele sugere a prorrogação dos débitos vencidos e que estão a vencer, principalmente os de investimentos, com grande urgência para os produtores de trigo; aumento de recursos para a comercialização de produtos agropecuários; adoção de uma nova política cambial que reduza o impacto do valor do dólar nos preços de nossos produtos de exportação, entre outras reivindicações. O documento foi enviado ainda aos ministros Antônio Palocci (Fazenda), Roberto Rodrigues (Agricultura), Jozé Dirceu (Casa Civil), Aldo Rebelo (Articulação Política), ao governador Roberto Requião, ao secretário da Agricultura do Paraná, Orlando Pessuti; e aos deputados federais, estaduais, e senadores. Leia a íntegra do ofício a seguir: "Senhor Presidente A agricultura brasileira está enfrentando um grave e perigosa crise por conta dos baixos preços de alguns de seus mais importantes produtos e do brutal aumento nos custos de produção da safra de verão em curso. Seguramente os produtores não terão recursos para quitar os financiamentos, principalmente os de investimento, em face do resultado financeiro negativo esperado na comercialização que se avizinha. Um bom exemplo do que vem ocorrendo pode ser obtido junto aos produtores de trigo, cujos preços estão 20% abaixo do preço mínimo de R$ 24,00 a saca e mesmo assim sem mercado, dada a preferência dos moinhos pelo produto importado, principalmente da Argentina. A cotação da soja no interior do Paraná é de R$ 26,00 a saca, com tendência de queda, e o milho está sendo comercializado a R$ 14,00 a saca. Tais preços não cobrem os custos de produção, que foram 20% maiores que na safra anterior, principalmente por conta da alta do petróleo e de seus derivados, como combustíveis, fertilizantes e defensivos. Em face desta situação aflitiva, da ineficácia dos instrumentos de apoio do governo, da manutenção da baixa cotação do dólar frente ao real e do alto custo do transporte rodoferroviário e das operações portuárias, vimos solicitar medidas urgentes para minorar os efeitos da crise:
Certo da vossa compreensão, apresentamos nossos protestos de elevada estima e consideração. Ágide
Meneguette |
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Boletim Informativo nº 853,
semana de 28 de fevereiro a 6 de março de 2005 |
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