Santa Catarina

Megaprotesto marca um ano
do assassinato de sindicalista

A Funai tem mais poder que o Congresso Nacional para expropriar produtores rurais detentores de títulos legítimos. ONGs estrangeiras estão colocando em risco a soberania nacional ao manobrar e influenciar a política indigenista brasileira. A morte de uma missionária estrangeira torna-se prioridade nacional; mas o assassinato de dirigentes sindicais não alinhados à ultraesquerda é ignorado pelo governo.

Queixas dessa natureza caracterizaram na semana passada (16/02) o ato público que assinalou o primeiro ano do assassinato – ainda impune – do líder sindical Olices Stefani, em Abelardo Luz, no Oeste de Santa Catarina. A manifestação foi organizada pela Federação da Agricultura do Estado de Santa Catarina (FAESC), 


Ao abrir o ato, o presidente da FAESC, José Zeferino
Pedrozo, assinalou que a manifestação era um pedido de
justiça e de tratamento igualitário para os conflitos no campo

pelos Sindicatos Rurais e pelas Comissões Nacionais de Assuntos Fundiários e de Assuntos Indígenas da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). Ao final, foi anunciada a construção de um monumento em memória a Olices Stefani e os manifestantes obstruíram por uma hora e meia o quilômetro 36 da rodovia SC-467 em sinal de protesto.



   A FAEP foi representada na manifestação pelo coordenador da Comissão de Política Fundiária, Tarcísio Barbosa de Souza. Lideranças nacionais do sistema sindical patronal, deputados, prefeitos, vereadores, sindicalistas e secretários de Estado se revezaram no palanque para falar a 2.000 produtores rurais. Ao abrir o ato, o presidente da FAESC, José Zeferino Pedrozo, assinalou que a manifestação era um pedido de justiça e de tratamento igualitário para os conflitos no campo, lembrando que o governo investiga com rigor os crimes contra militantes da esquerda agrária, mas ignora os crimes contra dirigentes de entidades rurais e do agronegócio nacional.


   O presidente da Federação da Agricultura do Rio Grande do Sul (Farsul), Carlos Sperotto, acusou de "terrorismo rural" os índios e o movimento dos sem-terras, relatando casos de invasão de propriedades, sabotagem de equipamento, destruição de benfeitorias e de colheita (furto) de lavouras. O presidente da Federação de São Paulo (FAESP), Fábio Meirelles, disse que o governo peca ao deixar de cumprir as constituições e as leis do país e a dar guarida aos infratores.

Máquina de terror - O secretário de Articulação Nacional, Valdir Colatto, representou o governador catarinense Luiz Henrique da Silveira, e os deputados Gelson Merísio e Onofre Agostini, a Assembléia Legislativa. O coordenador do ato e vice-presidente da FAESC, Enori Barbieri, criticou a lentidão da Polícia Federal nas investigações do assassinato de Olices Stefani e disse não ter dúvidas do envolvimento da Funai. Olices Stefani era presidente do Sindicato Rural e da Cooperativa de Alimentos e Agropecuária Terra Viva. Foi assassinado dia 16 de fevereiro de 2004 por índios caingangues pertencentes às comunidades indígenas locais e da Reserva paranaense de Mangueirinha. Tinha 52 anos, casado e pai de três filhas.


Boletim Informativo nº 852, semana de 21 a 27 de fevereiro de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

VOLTAR