Dinheiro da Europa e do
governo financia escola do MST

Com injeção de dinheiro de entidades européias não-governamentais e de estatais do Governo Brasileiro, o Movimento dos Sem-Terra (MST) inaugurou nesta semana (23/01) um centro de doutrinação ideológica e propagação do pensamento socialista, em Guararema, interior de São Paulo.

Segundo informações da Agência Estado, a Escola Nacional Florestan Fernandes, localizada numa chácara de 30 mil metros quadrados, às margens da Via Dutra, tem capacidade inicial para 200 alunos e custou US$ 1,3 milhão.

O dinheiro para construção da escola Florestan Fernandes foi recolhido pela obscura Associação Nacional de Cooperação Agrícola (Anca). É uma entidade de fachada mantida pelo MST para operar com recursos financeiros, uma vez que o movimento não tem nenhum tipo de estrutura legalmente reconhecida.

Notabilizado por suas ações truculentas em invasões de terras, esbulho das propriedades e agressões aos proprietários, o MST ironicamente fala agora em formar um instituto de "nível

superior" para formação de quadros do movimento nas áreas de ciências humanas e sociais.

Da União Européia, segundo a assessoria do MST, vieram exatamente US$ 1.288.680,88. Os recursos saíram de um fundo destinado ao financiamento de ações de desenvolvimento sustentável em comunidades urbanas e rurais, organizado em parceria com instituições não-governamentais. No caso da Escola Florestan Fernandes, estiveram envolvidas as organizações cristãs Frères Des Hommes, da França, e a Cáritas, alemã.

Os coordenadores do movimento também querem convencer o governo federal a pôr dinheiro na escola. Eles já haviam tentado isso, sem sucesso, no governo de Fernando Henrique Cardoso. Mas agora estão mais otimistas, mesmo por que os investimentos indiretos já aconteceram. A estatal Eletrobrás está financiando uma rede especial para levar energia elétrica até a escola, uma vez que a estrutura existente no lugar é insuficiente. Por outro lado, o Banco do Brasil incluiu o MST em seu programa de inclusão digital e doou um conjunto de 20 computadores para o laboratório de informática.

Para a festa de inauguração estava prevista a presença de mil convidados, entre eles o ministro Tarso Genro, da Educação, Miguel Rossetto, do Desenvolvimento Agrário, e José Fritsch, de Aquicultura e Pesca.