Campanha contra febre aftosa
aumenta venda de vacinas no país

O projeto Brasil Livre de Febre Aftosa, lançado em 2004 pelo Ministério da Agricultura, é um dos responsáveis pelo aumento de 6% nas vendas de vacinas contra aftosa no ano passado, em relação a 2003. A informação é da Agência Brasil. O crescimento do comércio do produto consta dos dados divulgados nesta semana pelo Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Saúde Animal (Sindan).

As vendas de 348,2 milhões de doses em 2004 superaram a previsão do Sindan, que era de 340 milhões. Para 2005, o sindicado estima novo recorde, com o consumo de 360 milhões de doses. A indústria brasileira tem capacidade para produzir 500 milhões de doses por ano.

Os estados com as maiores taxas de crescimento de venda de vacinas em 2004 foram Piauí (138%), Pernambuco (54%), Rio Grande do Norte (50%), Sergipe (47%), Maranhão (32%), Rondônia (24%) e Ceará (12%). Nessas áreas, os pecuaristas estão acelerando o combate à doença.

Segundo o presidente do Sindan, Emílio Salani, há dois anos o Brasil não enfrenta problemas de abastecimento de vacinas. "A indústria trabalha com estoques superiores ao volume de segurança, de 40 milhões de doses, exigido pelo Ministério da Agricultura. Atualmente, são 95 milhões de doses de vacinas contra febre aftosa disponíveis por ano."

O Brasil possui o maior rebanho bovino comercial do mundo com cerca de 193 milhões de cabeças e lidera o mercado internacional do setor, em termos de volumes exportados. Atualmente, 85% do rebanho brasileiro estão em áreas livres de aftosa, como os Circuitos Pecuários Sul, Centro-Oeste e Leste. Apenas o Norte e o Nordeste ainda convivem com a doença.

Por isso, a campanha Brasil Livre de Febre Aftosa foca suas ações nas duas regiões. O programa visa a sensibilizar lideranças empresariais, políticas e religiosas, além dos movimentos sociais, para a importância sócio-econômica da atividade pecuária e da necessidade de melhorar o status sanitário dos rebanhos para facilitar a abertura de novos mercados ao país. O governo prevê que a doença seja eliminada até 2006.

A pecuária gera cerca de oito milhões de empregos, diretos e indiretos, que vão desde o pequeno produtor do menor município brasileiro aos médios e grandes pecuaristas, passando pelas redes de distribuição, comercialização e industrialização.

O combate à doença é estratégico não só para a pecuária, mas para as contas externas do país. As carnes são um dos principais itens da pauta brasileira de exportações com vendas externas US$ 6,1 bilhões ano passado.


Boletim Informativo nº 849, semana de 24 a 30 de janeiro de 2005
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná

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