Premiados são conhecidos
em jantar comemorativo


Muita festa para o vencedor do concurso Melhor Projeto
Empreendedor Rural, Marcos André Piccin, de Palotina

O encerramento do III Encontro Estadual de Empreendedores Rurais aconteceu na noite de segunda-feira com um jantar oferecido aos participantes do programa no Restaurante Madalosso, em Curitiba. Lá também foi feito o anúncio dos cinco premiados entre os trinta projetos selecionados pela banca examinadora do concurso.

Em um espaço reservado só para eles, os autores aguardavam ansiosos o anúncio dos nomes. Primeiramente foram chamadas as três turmas melhor classificadas pela média de notas dos projetos enviados à banca. Foram chamadas as turmas de Ubiratã,

"H’lera do Campo", Turma da comunidade do km 20, de Francisco Beltrão e Turma Renovação do Campo, de Guarapuava para receber medalhas e troféus em reconhecimento à conquista.

Os vencedores dos cinco projetos classificados receberam, além de troféu, um passaporte que dá direito a uma viagem técnica internacional que deve acontecer no início do próximo ano. O quinto lugar ficou com o projeto de Investimento de Capital: Citricultura Integrada à criação de frango de corte. O autor, Rubens Masaki Onishi é do município de Nova Londrina. O foco do projeto é a análise da possibilidade de redução da aplicação de adubos químicos para se observar a redução de custos com aumento de rentabilidade. Rubens conta que decidiu fazer o curso e função do relato de turmas anteriores e que

hoje tem uma outra visão do agronegócio: "Estava muito acomodado. O trabalho era feito em cima da propriedade. Hoje estou mais aberto a buscar informações e a pesquisar".

O projeto para implantação de uma agroindústria de hortaliças minimamente processadas dos empreendedores de Cascavel, André Paulo Lovera e Fernando Kazuo Suetake conquistou o quarto lugar. Eles já tinham a idéia de trabalhar nessa área e dizem que o programa deu a oportunidade de concretizar essa idéia. "Queríamos implantar mesmo sem projeto. Com o projeto sabemos que é viável e que começaremos a ter retorno a partir do terceiro ano", observa Fernando. Para André, o PER dá ao produtor base técnica para iniciar qualquer investimento. "Quando o curso começa ninguém está acostumado a fazer cálculo, depois, muda a visão, pasa a ser outra a linguagem".



   São três a as autoras do projeto que conquistou o terceiro lugar. Clarissa Pereira Junqueira, administradora de empresas, Márcia Maria Dalla Barba, agrônoma e Nara Regiane Pick, da área de ciências contábeis,de São Miguel do Iguaçu trabalharam com implantação da produção pecuária de ovinos. A idéia do projeto que será implantado na propriedade da família de uma das autoras surgiu durante o curso. A partir da constatação de que havia na propriedade plantel de ovinos, mas oferta inconstante, percebeu-se a necessidade de produção em escala comercial. Para Nara Regiane o curso foi excelente: "A troca de

experiências proporcionada pelo grupo é muito boa".

Em segundo lugar ficou o projeto de maximização dos sistemas de produção, com integração entre agricultura e suinocultura, de Guarapuava. Os autores, João Elton Rodrigues, Rudi Klaus Weske e Winfrid Buhali administram a propriedade de 897 hectares onde o projeto será implantado. Winfrid explica que o programa casou com as idéias do grupo e que a intenção de fazer um biodigestor, por exemplo, foi viabilizada por meio do projeto. O trabalho do grupo demonstra o cuidado em relação à regularização das áreas de reserva legal e reserva permanente, atualização de licenças sanitárias, adoção de plantio direto em 100% da área agricultável, entre outros.

Em uma avaliação sobre o apoio que o PER representou na elaboração do trabalho, João Elton resume: "A gente aprende a buscar informação, a se conhecer e a conhecer as ferramentas que temos à disposição". Para Rudi Klaus, um dos méritos do programa é que "poucas faculdades dão essa visão tão completa em tão pouco tempo de curso".

O grande vencedor do concurso foi o projeto de Marcos André Piccin, de Palotina. Pelo projeto o autor estudou a viabilidade de se implantar uma criação de caprinos de corte na propriedade da família. O projeto apresenta estudos sobre caprinocultura que vão desde mercado à viabilidade econômica para a implantação do mesmo. Na opinião de Piccin, o programa e a elaboração dos projetos desperta nos empreendedores rurais alternativas para permanecer no campo.

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Boletim Informativo nº 846, semana de 13 a 19 de dezembro de 2004
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná