FAEP
repudia declaração |
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A declaração generalizada do presidente do Incra, Rolf Hackbart (foto), de que "o agronegócio abriga grupos suspeitos pela chacina dos cinco sem-terras em Minas Gerais e por agressões a acampados em Mato Grosso do Sul" motivou protesto veemente da FAEP, em carta enviada aos deputados federais, senadores e ao Presidente da República. Em nome dos produtores rurais paranaenses, Ágide Meneguette, presidente da FAEP, externou "o mais enfático repúdio às declarações do presidente do Incra, arauto de uma ideologia retrógrada que defende a socialização coletivista, por seu descontrole verbal, e pela generalização descabida a todo setor que abrange a produção, industrialização e exportação de produtos agropecuários". Ao agir assim, diz a nota da FAEP, o presidente do Incra "procura esconder sua incapacidade em gerenciar a reforma agrária por não conseguir atingir as metas |
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prometidas pelo presidente da República". Na avaliação de Meneguette, a agressão injustificada demonstra que o presidente do Incra está exercitando o mais puro "estilo MST", ou seja, "a arte de negar as responsabilidades de seus próprios atos, no caso, o de inadequação como gestor público". A nota observa que o conflito em Minas Gerais é a constatação de uma crônica há muito anunciada pela FAEP, pois os confrontos se dão, principalmente, pelas invasões de propriedades rurais e suas conseqüências predatórias, e pela passividade dos órgãos governamentais, principalmente do Incra e dos executivos estaduais, "fatos que o senhor Rolf procura ocultar mediante falsas e generalizadas afirmações". A Federação da Agricultura do Estado do Paraná – FAEP representa os produtores rurais paranaenses, os quais contribuem significativamente para que "o setor do agronegócio", no dizer do senhor ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, "contribua para 34% do PIB, para a geração de 37% dos empregos e por 42% das exportações brasileiras". "Com estas credenciais", afirmou Meneguette, "solicito a Vossa Excelência que a nós se associe no repúdio e indignação contra os atos e as palavras de quem, por coerência ética, deveria servir como mediador equilibrado dos conflitos gerados pela reforma agrária. E se associe a nós, antes de tudo, na defesa do cumprimento da lei para quem quer que venha a infringi-la". |
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Boletim Informativo nº 845,
semana de 6 a 12 de dezembro de 2004 |
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