No dia 3 de dezembro, uma comissão formada pelos deputados estaduais de Rondônia, Jesualdo Pires e Ribamar Araújo, e pelo técnico da secretaria da Agricultura de Rondônia, José Lima Aragão, visitou a sede do Sistema FAEP para conhecer o funcionamento do Conselho Paritário de Produtores/Indústria de Leite do Paraná (Conseleite–PR).
A comissão foi recebida pelo presidente da entidade Wilson Thiessen e pelo vice-presidente do Conseleite-PR Ronei Volpi, que manifestaram total apoio à intenção da comissão de implantar conselho semelhante naquele estado.
“Acreditamos que esse sistema pode ser implantado em Rondônia”, afirmou Pires. Para ele, o Conseleite traz vantagens como a redução de atritos e um ambiente de maior segurança para os produtores e indústrias. “No Paraná, os dois elos da produção estão com um relacionamento muito bom”, declarou. A comissão saiu de Curitiba com a convicção de que será criado um Conseleite em Rondônia, onde ambos deputados fazem parte da CPI do leite que investiga a formação de cartéis no setor.
“Aqui no Paraná, o conselho trouxe harmonia para a produção”, acrescentou Pires.
O Conseleite-PR foi criado em 2002, em meio à falta de confiança mútua entre produtores e a indústria. O conselho, cuja função é divulgar mensalmente preços referência do leite a serem pagos ao produtor, trouxe mais transparência para o setor. Além do Paraná, que foi o pioneiro, há Conseleite em Santa Catarina e no Rio Grande do Sul.
Rondônia possui 102 mil produtores rurais, sendo que 40 mil deles são produtores de leite. Há ainda 62 laticínios — a produção diária fica na casa de 2,2 milhões de litros. É um setor em expansão que, de acordo com Pires, enfrenta hoje os mesmos problemas que o Paraná teve em 2002: uma crise de desconfiança entre produtores de leite e laticínios.
Para implantar o Conseleite, os deputados acreditam ser essencial a assessoria de dos professores do Departamento de Agronomia da UFPR, José Roberto Canziani e Vânia Di Addário Guimarães, que são os coordenadores técnicos do Conseleite-PR.