A agropecuária do Paraná sobressai-se no País e reúne características que se destacam no cenário internacional. Por trás dos números que traduzem a força do campo, tanto em produtividade como em produção, e das inovações, há experiências bem-sucedidas que colaboram para que o estado se mantenha entre os mais avançados em vários segmentos do agronegócio.
O Programa Empreendedor Rural (PER) reúne histórias de produtores e trabalhadores que dão sua contribuição para que o Paraná se mantenha entre os mais avançados em vários segmentos do agronegócio.
É o caso do empreendedor Amauri Seifert, do município de Cambé. Entre 2005 e 2006, ele participou do PER. No Encontro de Empreendedores deste ano, ele teve a oportunidade de apresentar o projeto que tinha feito sobre conservas de pimenta.
“O curso tem me aberto caminhos. A participação só me trouxe benefícios”, afirmou. Sobre o Encontro, Seifert não tem dúvidas: é uma forma de trocar conhecimentos. “Aqui, a comunidade pode ter informações de alto padrão, conhecimento, credibilidade. Aprende-se como o empreendedor deve agir”, explicou.
Quando morava em Curitiba, o empreendedor Nivaldo Farinazzo Filho, tinha um escritório. Depois que se mudou para o município de Jandaia do Sul, ele decidiu investir no empreendedorismo rural. “Comecei fazendo certo. Fui fazer o Empreendedor Rural para não cometer nenhuma aventura”, lembrou. No sítio que possui, Farinazzo começou a lidar com a criação de ovelhas e de cavalos crioulos. “O curso me deu uma visão, mais pé no chão, de uma propriedade rural. Tive noções de negócio e maior conhecimento sobre a viabilidade econômica da propriedade. Para ele, o PER faz com que o empreendedor aprenda a ter noção do tipo de negócio em determinada propriedade. “O curso foi excelente, abriu horizontes e tirou limitações”, disse.
As empreendedoras Luciane Rodrigues Sales, Alaíde dos Reis Alevato e Vanda Sumiya, do município de Rancho Alegre, criaram uma associação de produtores de banana que, hoje, reúne 40 associados. Tudo começou em 2006, quando participaram do PER. Com um projeto sobre implantação e plantio da banana, as mudanças vieram. “O Programa Empreendedor Rural nos deu o “o que fazer e como fazer”, através do planejamento estratégico”, comentou Sales.
Para Alevato, os benefícios da iniciativa tiveram uma abrangência além do esperado. “Hoje, corremos atrás dos objetivos em conjunto. Os benefícios de nosso projeto chegam aos produtores. Mas também chegam às escolas, às fundações. São quase três mil pessoas envolvidas e beneficiadas”, disse.
A empreendedora Neura Scheller, de Chopinzinho, participou do PER em 2002. Seu projeto era sobre investimentos na bovinocultura e na contratação de mão-de-obra, com recursos obtidos na venda de tratores que não eram mais utilizados na propriedade. “O PER me deu a visão global de um negócio e da importância de estabelecer metas. É uma ferramenta muito importante. Além de dar essa visão global, o PER insere o produtor no meio político, a partir do sindicato”, comentou.
Para Scheller, o
Programa também contribuiu para um aumento da participação das mulheres
nos sindicatos rurais. “Hoje, em Chopinzinho, temos uma comissão
feminina que participa das eleições e da prestação de contas. Para a
mulher, o PER é fundamental”, concluiu.