Dos sete mil trabalhos que participaram do Concurso Agrinho neste ano, alguns foram selecionados e premiados pela criatividade, clareza de idéias e efetividade. São desenhos, redações, projetos de experiências pedagógicas e relatos de escolas e municípios Agrinho. Todos foram realizados com base em trabalhos e ações desenvolvidos ao longo do ano letivo a respeito de um único tema: saber e atuar para melhorar o mundo.
As interpretações são as mais diversas. A aluna da educação especial, Maria Aparecida Gomes de Souza, 41, teve o seu desenho classificado em terceiro lugar no estado. “Eu quis fazer um desenho onde o mundo é uma grande flor. Suas raízes estão plantadas sobre a paz e o amor e o mundo é protegido pelas mãos dos homens com um manto. Os remendos do manto representam os erros que as pessoas fazem para a natureza”, explicou. Entre os alunos de 5ª a 8ª séries, que tiveram suas redações classificadas em primeiro lugar, a do estudante que cursa a 7ª série em Palmas, Douglas Dangui Pedroso, 14, tratou de um assunto bastante atual. “Escrevi sobre a ética e a corrupção na política”, disse. Segundo ele, para ter honestidade no governo, é preciso que a população também mude e aprenda a exigir e demonstrar atitudes dignas. “Um país tem a cara de seu povo. Se um país é corrupto é porque o seu povo é corrupto”, afirmou. Para ele, a educação é a base de tudo. “Se resolvemos os problemas da educação, todos os demais problemas são praticamente resolvidos”, acrescentou.
Já a estudante da 6ª série, Bianca Ogliari, 12, de Coronel Vivida, destacou a importância da convivência em grupo. “Comecei minha redação com uma frase de Mário Quintana. Ele diz que somos anjos de uma asa só e precisamos de todos para que possamos voar”, afirmou. Segundo ela, as pessoas precisam começar a analisar seus próprios erros antes de repararem os dos outros. “Assim, a gente faz um mundo melhor”, disse.
Meio ambiente foi o tema da redação da estudante de Palmas, Juliana Argenta, 13, que cursa a 7ª série. “Acho importante a separação de lixo reciclável do não-reciclável. Mas, precisamos fazer mais que isso quanto à preservação do meio ambiente”, afirmou. Para Juliana, cuidar bem da Natureza é uma questão de inteligência. “Se não agirmos assim, não vamos tê-la no futuro”, informou.
Para o estudante da 5ª série, Marlon Antunes Rodrigues, 11, de Telêmaco Borba, os cuidados com o meio ambiente começam com simples reflexões. “Se continuarmos produzindo muito lixo, a gente não vai ter onde colocá-lo”, comentou. Em sua redação, Marlon escreveu: “Lembre-se dessas três palavras: reduzir, reutilizar, reciclar. São elas que vão evitar que, no futuro, o meio ambiente vire...um lixo!”.
Na festa de premiação, a estudante da 6ª série, Fernanda Cristina Camargo de Oliveira, 12, de São João, estava confiante na oportunidade que o Concurso Agrinho representa. “Com o Agrinho, o aluno pode mostrar o que pensa e sabe. Dá oportunidade a todos. Não só para mim. É só acreditar”, disse.
A estudante da 5ª série, Letícia Kontze Galli, 11, de Palotina, acreditou e fez um texto em defesa de um dos rios da cidade onde mora. “Se todas as pessoas se conscientizarem, podemos combater não só a poluição desse rio, mas de outros também, protegendo o meio ambiente para um futuro melhor”, informou.
Já a estudante da 8ª série, Letycia Fossati Testa,13, também de de São João, ficou surpresa com a premiação. “Achei que tinha textos melhores que o meu”, disse. Ela escreveu sobre o ato de votar. “Minha intenção foi mostrar que é importante que eu seja consciente do meu voto”, afirmou. Sobre o Agrinho, a estudante acredita que é uma oportunidade para que crianças e jovens tenham conhecimento dos problemas que afetam sua realidade.