Aprendendo a cultivar saúde


SENAR-PR vai implantar curso
de cultivo de plantas medicinais

Os instrutores já estão se preparando para o curso (fotos)

O cultivo de plantas medicinais, aromáticas e condimentares é tema de um novo curso que o SENAR-PR passa a oferecer ao público a partir do próximo ano. Os instrutores já estão se preparando. Entre os dias 6 e 9 de outubro, participaram de um processo de formação realizado em parceria com o Centro Paranaense de Referência em Agroecologia (CPRA), em Pinhais. “É um curso que já há algum tempo vem sendo demandado nos questionários de satisfação de cliente e que teve essa demanda confirmada na pesquisa encomendada pelo SENAR-PR, que ouviu perto de duas mil pessoas no meio rural”, lembrou o engenheiro florestal Néder Maciel Corso, técnico do SENAR-PR responsável pela formação.

 O material didático do curso vem sendo trabalhado desde o início deste ano. O foco é o cultivo, mas o conteúdo inclui informações sobre identificação de plantas, definição de áreas para o plantio, colheita e secagem, entre outras, com base nas 38 espécies de maior importância no estado.

De acordo com Corso, o Paraná é um dos estados brasileiros onde o cultivo de plantas medicinais é mais desenvolvido. Cita como exemplo a produção de camomila na Região Metropolitana de Curitiba, mas frisa que a produção não está concentrada em uma única região, portanto acredita que a demanda pelo curso ocorrerá em todo o estado, seja pelo público que tem interesse em cultivar as plantas para consumo próprio, seja para aqueles que enxergam a atividade como renda complementar. “Nossa orientação é que o instrutor trabalhe de acordo com o interesse da comunidade onde ocorrer o curso”, disse.

O processo de formação dos instrutores foi orientado pela engenheira agrônoma Maria Izabel Radomski, que tem mestrado na área de plantas medicinais. Ela ressaltou que existe um mercado estabelecido para alguns tipos de espécies condimentares e boas oportunidades surgindo no mercado cosmético, mas que em geral, este não é um mercado regular. “Por isso, quando se pensa em trabalhar nesse tipo de atividade, pensa-se em complementação de renda e não em especializar um agricultor nisso. Um cultivo para pequenas áreas que possa usar mão-de-obra disponível na propriedade”, observou Radomski.

Boletim Informativo nº 1026, semana de 13 a 19 de outubro de 2008
FAEP - Federação da Agricultura do Estado do Paraná
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