O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do mês de agosto apresentou variação de 0,28%, abaixo da taxa de julho, de 0,53%. Com esse resultado, o acumulado no ano ficou em 4,48%, enquanto no mesmo período do ano passado havia sido de 2,80%.
O grupo alimentação e bebidas foi o principal responsável pela redução do ritmo de crescimento do IPCA de julho para agosto. Depois da alta de 1,05%, em julho, os alimentos passaram para uma variação negativa de 0,18% em agosto.
A maioria dos produtos mostrou redução nos preços de um mês para o outro, com destaque para o tomate (de 10,59% para -36,91%), batata-inglesa (de -6,40% para -6,55%) e feijão-mulatinho (de -2,12% para -6,46%). A queda nos preços dos alimentos ocorrida em agosto abrangeu a maioria das regiões pesquisadas.
No primeiro semestre deste ano, a pressão sobre o preço dos alimentos decorreu em função de fatores como problemas climáticos, perda de safras, o crescimento do consumo de países emergentes, como China e Índia, além da entrada de investidores do mercado financeiro no mercado de commodities.
No segundo semestre, com o risco de recessão nos EUA e na Europa e menor projeção para o crescimento mundial, parte dos investidores resolveu tirar seus recursos das commodities com medo de uma crise financeira. Essa retirada de dinheiro provocou queda nos preços das matérias-primas negociadas em Bolsa, o que ajudou a reduzir a inflação. Com informações do IBGE, Folha de São Paulo e FAEP.