A safra de grãos de 2008 no Brasil deve ser 9% maior do que no ano passado, chegando a uma produção de 145,1 milhões de toneladas (considerado o período de janeiro a dezembro). Novamente a maior contribuição é dos produtores rurais do Paraná, líderes da produção, responsáveis por 21,1% do total, seguidos pelos agricultores do Mato Grosso (19,7%), Rio Grande do Sul (15,6%) e Goiás (9,1%).
O levantamento do IBGE de agosto aumentou 4.410 toneladas em relação à previsão de julho. Os técnicos explicam que o pequeno crescimento se deve a reajustes das culturas de verão, com a conclusão de colheita, reavaliações do sorgo e milho segunda safra e de acréscimos nas estimativas de plantio do feijão terceira safra. As culturas de inverno registraram pequenos decréscimos.
Com duas colheitas no ano, o milho participou com 58,59 milhões de toneladas ou 14% (7,21 milhões de toneladas) a mais que na safra passada. Já a soja cresceu 2,8%, o equivalente a 1,66 milhões de toneladas. Outro grão em evidência foi o trigo, com 3,82 milhões de toneladas, diferença de 71,2% para cima. Apesar deste aumento, esta quantidade ainda não é suficiente para abastecer o mercado interno, o que leva o Brasil a importar parte do produto da Argentina.
As exportações dos outros grãos também cresceram. Até o final do ano serão embarcadas 52,17 milhões de toneladas de milho, soja, feijão e algodão. De janeiro a julho, a saída desses produtos e seus derivados já rendeu ao País US$ 13,29 bilhões. A balança comercial do agronegócio, nesse mesmo período, contabilizou US$ 40,11 bilhões em exportações.
De acordo com o presidente da Conab, Wagner Rossi, este panorama consolida o agronegócio como um dos principais protagonistas da economia brasileira. "Esses avanços são fruto da capacidade empreendedora do produtor brasileiro e da política de apoio consistente do governo à agricultura", explica.
A pesquisa da Conab foi realizada por cerca de 80 técnicos, entre os dias 18 e 22 de agosto. Eles consultaram agricultores, cooperativas, sindicatos, órgãos públicos e privados dos principais estados produtores. (Com informações da Agência Estado).