Estradas esburacadas, portos precários e com deficiências operacionais. Estes gargalos de logística, aliados ao aumento de preço de fertilizantes e defensivos, vão desestimular o investimento na agropecuária em várias partes do País. A avaliação é do consultor de Logística da CNA, Luiz Antonio Fayet, para quem “neste ano o agronegócio deixará de produzir entre 3 e 5 milhões de toneladas de soja e milho”. “Em alguns casos a produção será anti-econômica, sinônimo de prejuízo”, observa Fayet.
“A logística já se constitui em fator de desaceleração da economia do agronegócio”, diz o economista. O alerta é que os prejuízos não se restringem às 5 milhões de toneladas que deixarão de ser produzidas, mas vão se estender pelas próximas safras, em volumes maiores, enquanto o Governo não atacar os problemas de logística. “Estamos perdendo uma oportunidade histórica de corrigir estes problemas e dar um salto quantitativo nas exportações. Há tempos aguardamos medidas eficazes para esse fim, como, por exemplo, a liberação dos investimentos privados nos portos”, diz Fayet.