Com o apoio da Federação da Agricultura do Paraná (FAEP), Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) e da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), os produtores paranaenses estão se mobilizando para mais uma etapa do seu programa de informação, chamado "Um novo olhar sobre a carne suína", lançada em Curitiba dia 22. Desta vez os convidados principais foram médicos e nutricionistas, açougueiros e cozinheiros de restaurantes.
A campanha "Um Novo Olhar Sobre a Carne Suína" foi criada pela Associação Brasileira de Criadores de Suínos (ABCS) há dois anos, com o objetivo de reestruturar a forma com que o produto é comercializado no Brasil. Trata-se da proteína de origem animal mais consumida no mundo (cerca de 40 por cento do total, segundo a FAO).
Enquanto a Áustria consome 73,1 kg por habitante, a Espanha 66 kg e o Paraguai 26, no Brasil, no ano passado, a distribuição per capita de carne suína foi de apenas 13,1 kg por habitante. Com um detalhe: desses, 9 kg referem-se a embutidos (presuntos, lingüiças, salsichas) e apenas 3 kg equivalem à carne fresca.
Diante dessa constatação e do fato de que o Brasil é hoje o quarto maior produtor mundial e exporta a mesma carne para 76 países, a ABCS contratou pesquisas para entender o fenômeno. Os brasileiros responderam (46 por cento na primeira pesquisa, em 1995, e 49 por cento deles, em 2005) que preferem o sabor da carne suína. Mas, na prática dos 83 kg de carne consumidos no ano passado por cada brasileiro, apenas 3k foram de carne suína fresca.
As razões - Segundo a Associação, os consumidores listaram cinco razões para justificar essa atitude: preconceito, preço, conveniência, formato e associação com a obesidade. "O preço ficou do nosso lado, na comparação com as outras carnes, diz o presidente da ABCS, Rubens Valentini", e o preconceito é um sentimento complexo que não se combate apenas com informação", conclui o presidente.