A preocupação em atender às exigências do cliente é preocupação constante entre os proprietários de restaurantes e de casas de carne que participaram do Encontro de Negócios realizado durante o Festival Gastronômico da Carne de Cordeiro, no dia 29 de maio, em Curitiba. O evento mostrou a esse público que a evolução da ovinocultura no Paraná nos últimos anos tornou possível estabelecer um compromisso mútuo entre comércio e setor produtivo para que haja regularidade na entrega da carne e garantia da qualidade.
"As
associações e cooperativas têm visão de que o problema é a falta
de produção constante e estão se organizando para ter regularidade"
disse a produtora Adriane Araújo Azevedo, uma das cooperadas da
Cooperaliança de Guarapuava que, com menos de um ano de funcionamento,
já mantém uma média de 40 animais abatidos por semana.
Na opinião da produtora, tanto o Festival Gastronômico quanto o Encontro de Negócios são demonstrações importantes da organização do setor. "Esses eventos são extremamente positivos. Precisamos dessa ajuda para a cadeia produtiva fechar".
A
garantia de origem foi o aspecto destacado pelo veterinário Tarcísio
Nicolau Bartmeyer, representante da Cooperativa Castrolanda, que
trabalha com ovinos desde 2005 e abate uma média de 100 cordeiros por
semana. "Hoje não se sabe de onde vem a carne e o consumidor tem que
buscar garantia de origem".
Para Bartmeyer, o que falta é
divulgação do produto. "Seria importante pelo menos mais dois festivais
como este até o final do ano. A carne é divulgada de maneira eficiente,
preparada com qualidade, o que incentiva o consumo e é até capaz de
fazer mudar de opinião", acrescentou.
Rodrigo Bertol, presidente da Associação dos Criadores de Ovinos e Caprinos de Carne do Sudoeste do Paraná, participou da rodada com intuito de estabelecer os primeiros contatos da cooperativa que ainda está em fase de implantação. "Aprendemos a produzir. O próximo passo é comercializar. Os primeiros contatos foram feitos. Cabe a nós, da cooperativa, termos estrutura para suprir as necessidades do mercado".
Números
do festival - Nos seis dias de festival, realizado entre 26 e 31 de
maio, o restaurante-escola do Senac serviu mais de 1.400 refeições e
1,5 tonelada de carne de cordeiro. O evento, uma parceria do Senac com
SENAR-PR e FAEP, apresentou uma variedade de mais de 15 pratos
preparados à base de carne de
cordeiro.
Cordeiro Guartelá (foto) - Além de seus atributos turísticos, Tibagi, nos Campos Gerais, lançou mais uma novidade para os amantes do bom paladar. O prato "Cordeiro Guartelá", originalmente criado pelo restaurante Itagy leva o nome do município para todos os cantos do País. O prato representou a cidade e a região dos Campos Gerais no Festival Brasil Sabor 2008, organizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) e com o apoio do Ministério do Turismo e do Sebrae. Composto por fatias de cordeiro flambadas na cachaça e aromatizadas com alecrim, é acompanhado de ervilhas tortas e mandioca salsa. "Elaboramos um prato atrativo, diferente e com a cara de Tibagi", explica Ivo Arnt Filho, um dos proprietários do Hotel e Restaurante Itagy. Em referência à cidade, o cordeiro recebeu o nome do sexto maior cânion do mundo, o Guartelá. E essa não é a única referência à cultura local. O cardápio do restaurante traz algumas curiosidades como termos em Tupi-guarani e lendas de Tibagi. "Foi a maneira que encontramos para homenagear os povos indígenas que ainda fazem parte da cultura do nosso município", contou a administradora do restaurante Simone Arnt.